A inflação, caracterizada pela alta persistente e generalizada dos preços, afeta diretamente o poder de compra das pessoas. Esse fenômeno tem diversas causas e pode ser compreendido por meio de índices como o IPCA e o IGP-M. No entanto, compreender os tipos de inflação e suas nuances é essencial para entender seu impacto na economia e nas vidas das pessoas.
Tipos de Inflação:
A perda do poder de compra pode ser percebida tanto pelo aumento de preços quanto pela diminuição da quantidade do produto adquirido. Essa perda pode ser identificada por meio de índices como o IPCA, que mede a inflação de um conjunto de produtos e serviços no varejo.
Existem diversas causas para a inflação, incluindo:
- Inflação de Demanda: Resultante da alta procura por produtos em relação à oferta, podendo ser agravada pela emissão descontrolada de dinheiro pelo governo.
- Inflação de Custos: Aumento dos preços gerado por aumento nos custos de produção, podendo ser autônoma (como, por exemplo, como ocorrido na pandemia) ou induzida pela demanda.
Outros Conceitos Relacionados:
- Hiperinflação: Aumento de preços fora de controle, como ocorrido no Brasil nos anos 80.
- Deflação: Desvalorização dos preços.
- Estagflação: Estagnação econômica com aumento de preços.
Índices de Inflação:
O IPCA, calculado pelo IBGE, é o índice oficial que mede a inflação no varejo. Já o IGP-M, da FGV, é composto por três índices diferentes que refletem preços no atacado, sendo mais impactado por variações cambiais.
Esses índices são fundamentais em diversos aspectos:
- O IPCA é utilizado como balizador da meta da inflação pelo CMN.
- O IPCA e o IGP-M são aplicados na correção de títulos públicos e contratos de aluguéis.
- Fornecem um panorama sobre o poder de compra da população.
Comitê de Política Monetária (Copom)
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, desempenha um papel crucial na condução da política monetária nacional. Composto pelo Presidente do Banco Central e oito diretores , esse grupo se reúne a cada 45 dias, por dois dias consecutivos, para deliberar sobre questões fundamentais para a economia do País.
Responsabilidades do Copom:
O Copom possui atribuições específicas que influenciam diretamente a economia brasileira:
- Definição da Meta para a Taxa Selic: A Taxa Selic, como taxa básica de juros do Brasil, é determinada pelo Copom, visando alinhar a inflação brasileira (IPCA) com a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
- Diretrizes Estratégicas para a Política Monetária: Além de estabelecer a meta da Taxa Selic, o Copom define as orientações e diretrizes estratégicas para a execução da política monetária. Suas decisões são fundamentadas na avaliação do cenário macroeconômico e dos riscos associados a ele.
- Divulgação do Relatório de Inflação: A cada trimestre, o Copom publica o Relatório de Inflação, uma análise detalhada da conjuntura econômica e financeira do Brasil, incluindo projeções e análises fundamentadas.
Características-Chave:
Composição: Integrado pelo Presidente do Banco Central e oito diretores, totalizando nove membros, o Copom reúne expertise e conhecimento diversificado para tomar decisões estratégicas.
Resolução em Vigor: As atividades e diretrizes do Copom são regidas pela Resolução BCB nº 61/2021, proporcionando transparência e direcionamento para suas operações.
O papel desempenhado pelo Copom é essencial para manter a estabilidade econômica do país, influenciando diretamente questões como o controle da inflação, a política de juros e o direcionamento estratégico da economia nacional.